Criada em 1997, a Ø1 Digital teve que passar por uma grande crise para encontrar um nicho de mercado; hoje deve fechar o ano com R$ 7,5 milhões de faturamento
Em 1997 pouco se sabia sobre o mercado digital no Brasil e no mundo. Mas Guilherme Lara de Souza Coelho decidiu investir no meio e abrir a Ø1 Digital, agência que criava sites e cuidava da área digital para empresas. Tudo estava bem até a bolha da internet estourar e quase derrubar a empresa. Para se reinventar, ele apostou no mercado de aplicativos. Hoje, é a segunda maior publisher do país e espera faturar R$ 7,5 milhões em 2015.
A trajetória de Coelho começa ainda na faculdade. Depois de desenvolver um trabalho com CD-ROM, em 1994, começou a receber pedidos de site. "Foi ai que abri a minha empresa”, diz.
Quando a empresa estava crescendo, Coelho bateu de frente com a bolha da internet – e os seus novos concorrentes. A chegada de outras empresas no ramo fez que o empreendedor tivesse que repensar o seu negócio. “Nós estávamos apenas sobrevivendo. A empresa precisava de um diferencial.”
Mobile
A Ø1 Digital encontrou a oportunidade que tanto queria no mobile. “A ideia surgiu quando o primeiro iPhone foi lançado. Ele vinha com uma loja de aplicativos e vimos que ali poderia ser um mercado. Então dividimos a empresa em duas linhas de negócio: a original, voltada para atender o digital dos clientes; e a segunda, para a criação de aplicativos.”
Para o empreendedor, o grande trunfo da empresa após a crise foi encontrar nichos bem específicos, como o mercado infantil. “Sentimos que o mercado infantil era uma boa aposta”, diz Coelho.
Galinha Pintadinha
Em 2009, a Ø1 Digital se tornou parceira da Galinha Pintadinha, série criada pelos empreendedores Juliano Prado e Marcos Luporini que hoje conta com mais de dois bilhões de visualizações no seu canal do YouTube.
Desde então a empresa trabalha para desenvolver os aplicativos relacionados à marca. Sozinhos, os apps gratuitos da Galinha Pintadinha alcançaram a marca 20 milhões de downloads. Depois da parceria, a Ø1 Digital se tornou a segundo maior empresa brasileira de aplicativos no país, só perde para a Movile.
Além da Galinha Pintadinha, a empresa também é responsável por outras contas como Palavra Cantada, Patati Patata – além dos aplicativos corporativos para Pepsico e Laboratórios Sabin. A empresa faturou R$ 5 milhões em 2014 e espera alcançar os R$ 7,5 milhões neste ano. “Miramos em grandes mercados. A Ásia, por exemplo, traz resultados em downloads e vendas tão importantes quanto América Latina, Estados Unidos e Europa”, diz Coelho.